terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Lar hoje

Morar aqui bem perto do Lar Monsenhor Filippo é muito estranho às vezes. É impossível passar por lá sem remeter o pensamento para os tempos antigos em que passamos tantos momentos em cada um daqueles pedaços. E volta e meia acabo me vendo indo praqueles lados. Hoje foi um dia desses. E foi especial.

Fui à Guará levar um carro para consertar o radiador numa oficina que fica perto do Ícaro no caminho que vai para a Aeronáutica e, o melhor caminho foi pela estrada Potim – Guará. Fui sozinho, deixei o carro e resolvi voltar a pé fazendo uma caminhada de 9KM. O tempo estava propício para uma caminhada, meio ameaçando chuva, uns pingos já caindo, meio calor mas sem sol. E voltei de boa mas, no Potim, resolvi entrar no Lar para dar uma espiada e tirar umas fotos que compartilho a seguir. As fotos mostram mais ou menos o caminho que fiz.

Aqui passando pela estrada em frente e olhando os prédios pelo lado do galinheiro.

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Um pouco modificado, aqui as costas do prédio onde era o dormitório do “Primeiro”. Colocaram essa estátua de um frade franciscano como memória do lugar e construíram um muro separando as unidades que hoje estão sendo usadas pela Prefeitura do Potim.

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Na entrada da portaria principal onde sempre ficava um garoto de plantão para receber e anunciar as visitas, agora tem uma espécie de guichê onde havia um adolescente de plantão. Perguntei se a Capela estava aberta, não estava, perguntei dos frades, ele me disse que só tem o Frei Vítor e um outro que veio dos Estados Unidos e nem fala Português ainda. Não conheço nenhum dos dois e também não os vi.

Na portaria ainda tem o quadro de Monsenhor Filippo. Dei uma espiada pelo corredor onde ficavam os quartos. Um deles foi o meu último, o mesmo em que eu estava quando Frei Mariano me disse que minha hora de ir tinha chegado.

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Uma espiada rápida no corredor em frente à Capela deu pra ver que haviam crianças com uma professora, virei à direita, vi o jardim onde a gente plantava cravos e margaridas e o flanco direito da Capela.

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Desci pelo corredor do lado do refeitório, dei uma espiada dentro, está tudo muito diferente. Imaginei que aquelas mesas onde a gente comia já devem ter se acabado. Atrás da sacristia do lado da Capela tem uma pequena parreira de uvas. Deu pra ver que o flanco da capela lá em cima está perigosamente rachado.

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Aqui umas das imagens que mais me dá saudades. O galpão do “Primeiro” e o flamboyant do lado. Veja como as raízes cresceram descontroladamente. É a mesma árvore que presenciou todas as nossas brincadeiras nesse pequeno pedaço de paraíso. Jako cogitou de a árvore estar doente e eu imaginei que até pode estar doente de saudades.

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E saindo do outro lado, beira do rio, uns carinhas pescando lá embaixo.

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É isso aí. Volta e meia essa é a vista que tenho de um lado e de outro. Mas o melhor de tudo mesmo é poder entrar, se sentar em algum canto e deixar a mente viajar.

Na próxima oportunidade vou tirar fotos de dentro da Capela.

5 comentários:

HENRIQUE (TATUIRA) disse...

vendo a foto do galpão do primeiro...lembrei de quando fiquei de castigo,na segunda pilastra,da esquerda para a direita,segurando um cacho de bananas,estavam madurinhas.
frei mariano passeava pela transamazonica (apelido da trilha)
e encontraram o cacho escondido...alguem me entregou.
depois de uma lição de moral...o castigo,mas ele estava certo,valeu.

abraço

MACHADO disse...

Fiquei muito emocionado quando vi as fotos que você postou. parabéns tudo muito bom Um abraço

Unknown disse...

eu melembroooooooooooooooooooo

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

vanderlei disse...

Tatuira.. quanto tempo...verdade aqui é o vanderlei (força organica).. abraços