segunda-feira, 17 de março de 2008

Santo anjo do Senhor...

Navegando pelo site de  um conhecido, me deparei com a oração abaixo e, como sempre acontece, me veio à mente um monte de momentos saudosos do passado quando, todo final de dia, quando nós todos normalmente estávamos demolidos de tanto nos esfalfar em todas aquelas atividades que, dependendo do dia, começava bem cedo com a missa na Capela, de repente o Frei levantava a mão com o dedo indicador apontando para cima, o mundo silenciava como num passe de mágica, fila lenta caminhando em direção ao dormitório, todos de joelhos ao pé da cama e a oração ressoava por todos os cantos daquele predião onde a gente dormia.

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Criança cansada, debruçada sobre o colchão macio, de joelhos e rezando a oração da noite, é claro que não se podia esperar muita concentração verdadeira. Tinha dia que a oração era rápida, mas tinha dia que demorava uma eternidade. Tinha até uma época que tínhamos que rezar o terço inteiro e o joelho doía enquanto a alma se regozijava com Deus. Todo santo dia aquelas pequenas criaturas tinham esse pequeno colóquio automático com Deus. Ao final, todos freneticamente executavam o ritual de banho, escovação, leitura de gibis e finalmente, a luz apagava e a gente apagava também renovando as energias para o dia seguinte.

Mas tinha dia que, depois da oração, alguns de nós tínhamos que dar conta ao Frei de algumas estripulias ocorridas durante o dia. E as chineladas aconteciam bem ali na frente de todos. Um dia isso também aconteceu comigo, mas contarei outra hora.

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